24 junho, 2008

A arte e a ciência das fotos Kirlian

Ainda pouco conhecida do público em geral, as fotografias Kirlian desde há muito que me prendem a atenção. De que se trata ? Deixo-vos aqui com um pouco da sua história.
(Aun poco conocida del público en general, las fotos Kirlian toman mi atención, hace mucho tiempo.)
Foi o russo Semyon Davidovich Kirlian que, em 1939 deu a conhecer ao mundo a técnica que viria a ser conhecida por "efeito Kirlian". O método consiste em fotografar um objecto com um negativo fotográfico submetido a campos eléctricos de alta voltagem e alta frequência, porém com baixa intensidade de corrente.
(Fue el ruso Semyon Davidovich Kirlian que, en 1939 ha dado a conocer al mundo la técnica que vendría a ser conocida por efecto Kirlian. El método consiste en fotografiar un objeto con un negativo fotográfico, sobre la influencia de campos eléctricos de alta voltaje y alta frecuencia, pero con baja intensidad de corriente.)

O resultado é o aparecimento de um "halo luminoso" em torno dos objectos.

Desde então na antiga URSS, vêm-se realizando muitas pesquisas mas, até ao momento não há evidências conclusivas (conhecidas) daquilo que é efectivamente registado nas fotos.
(En resultado aparece un círculo luminoso alrededor de los objetos. Desde entonces en la antigua URSS, se han realizado muchas pesquisas pero hasta el momento no hay evidencias conclusivas (conocidas) de lo que es efectivamente registrado en las fotos.)

No entanto, a utilização da fotografia Kirlian ou bioelectrografia foi aprovada em 1999 pelo Ministério da Saúde da Federação Russa e, está a ser utilizada como um auxiliar de diagnóstico médico, na sequência de um estudo realizado na Universidade Governamental de Medicina de São Petersburgo.
Sabe-se que o efeito obtido, ou seja o halo luminescente, varia com os objectos.
(A pesar de todo, la utilización de la fotografía Kirlian o bioeletrografía fue aprobada en 1999 pelo Ministerio de la Salud de la federación Rusa y esta siendo utilizada como herramienta auxiliar de diagnostico medico, en resultado de un estudio realizado en la Universidad de Medicina de san Petersburgo. E conocido que el efecto obtenido, o sea el círculo luminiscente, cambia de acuerdo con los objetos utilizados.)

Atrevi-me a fazer um ensaio de ilustração científica .... não sobre um negativo fotográfico mas sobre uma placa de porcelana, usando pincéis, lustres e tintas de porcelana. Pedi a mão emprestada ao meu filho Marco, para impregnar a tinta com as impressões digitais e, retractei assim o seu registo bioelectrográfico.
(Me atreví a hacer un ensayo de ilustración científica, no sobre un negativo pero sobre una placa de porcelana, usando pinceles, lustrinas y pinturas de para porcelana. Pedí prestada la mano a mi hijo Marco para impregnar la pintura con sus impresiones digitales y retraté así su registro bioeletrografico.)

20 junho, 2008

Bagos d' Uva: Noémia Travassos na ilha Terceira

Descobri que não passamos despercebidas em lado nenhum.

Na visita às famosas caves do vinho verdelho em Biscoitos, a Pilar Burgos e eu fomos apanhadas num flagrante. O nosso simpático anfitrião, deu-nos a conhecer todos os detalhes da produção bem suada, do vinho nascido em terras de lava solidificada.

Oram vejam,

Bagos d' Uva: Noémia Travassos na ilha Terceira

19 junho, 2008

Un Delfín saltando de entre las olas

Para asistir a la Convención Internacional de Campos de Jordao en Brasil y cuyo tema fue la Ecología opte por pintar una lámpara con Los Planetas y el Mar.
(Para participar na Convenção Internacional de Campos do Jordão, no Brasil cujo tema fui a Ecologia, optei por pintar um candeeiro com os planetas e o mar.)

En el frente La Luna y un Delfín saltando de entre las olas, la Osa Mayor y Menor
rodeadas de estrellas en un fondo de cielo azul oscuro.
(Pela frente, a Lua e um golfinho saltando das ondas, as constelações Ursa Maior e Menor rodeadas de estrelas num fundo de céu azul escuro.)

Trabajo realizado por Pilar Burgos

En la parte posterior de la misma hay varios planetas, una galaxia el mar y diferentes estrellas.
(Na parte de trás do mesmo há vários planetas, uma galáxia, o mar e diferentes estrelas.)

Me resultó muy bonito el realizar este trabajo ya que según pintaba iba viendo como plasmaba lo que tenia en mi mente.
(Obtive um efeito muito bonito na execução deste trabalho, já que conforme ia pintando, podia visualizar a materialização do projecto que tinha em mente.)

En esta Convención me concedieron el honor de premiarme con el 2º Lugar de la misma.
(Nesta Convenção concederam-me a honra de receber o 2º prémio. )

16 junho, 2008





Peça de Peter Faust.


Para falar sobre lustres nada melhor que usar a imagem de um trabalho do Artista Peter Faust, que para além da criatividade e imensa mestria com que transforma as peças de porcelana em verdadeiras obras de arte é um conhecedor do trabalho com lustres, não só pelo conhecimento teórico dos mesmos , mas também pela experiência e experimentação de anos.

Dele e sobre lustres e sua utilização, deixo aqui alguns apontamentos retirados de um dos livros de sua autoria.

Os lustres são compostos metálicos dissolvidos em produtos orgânicos, que se apresentam liquidos e de cor acastanhada, tal como o ouro e a prata, antes de queimados.

Aplicados sobre vidrado, seja de cerâmica ou porcelana, e depois de queimados, resultam em superfícies suaves e iridiscentes, de cores fortes ou delicadas, dependendo do método usado na aplicação.

As cores puras são normalmente fortes e profundas, podendo ser diluidas com um diluente próprio para lustres, o que permite vários matizes da mesma cor. Quando aplicados em camada espessa pode ocorrer que saltem ou resultem sujos e baços depois da queima. Também se recomenda que se usem pincéis perfeitamente limpos, de preferência um para cada cor e esponjas novas para que o efeito final seja o mais perfeito possível.

Muito mais há a dizer sobre este material surpreendente nos seus resultados finais, criando sempre ansiedade na hora de abrir a mufla e não raras vezes defraudando as nossas expectativas, mas para não me tornar maçadora, em nova oportunidade continuarei a partilhar estas preciosas informações e dicas que traduzi livremente e apenas com a finalidade de as proporcionar a quem não tem, nem o tempo nem a paciência, para o fazer.


Até breve e bons trabalhos.


15 junho, 2008

Dando forma às peças

( continuação)

O processo de dar forma ao prato ou ao molde da argamassa começa na máquina de tornear. Existem dois torneadores: um para a porcelana branca e um para a porcelana cor marfim (argamassa verde).
A argamassa é empurrada através de uma outra extrusora para remover qualquer excesso de ar. Um fatiador gigante divide cada argamassa em vária colunas de argila.
Cada coluna de argila é colocada em cima de um molde de prato, que começa a girar. Um torno suspenso também começa a girar e pressiona a fatia da argamassa que está no molde de prato. Uma ferramenta de cortar rebarbas corta o excesso de argila da borda do novo prato formado de cerâmica crua.
As fatias da argamassa são colocadas nos moldes de produção
O excesso de argila cai sobre uma correia transportadora que segue para a reciclagem. Esta argila que sobrou será misturada à água para criar uma pasta que eventualmente irá para um lote de mistura final.
Os pratos de cerâmica crua passam por um secador de moldes, depois são removidos e passam por um segundo secador. Neste ponto, o nível de umidade da argila passou de 20% para 0,5%. Os pratos vão para uma máquina de acabamento para que esponjas úmidas possam deixar lisas as beiradas de cada prato.
Os pratos são inspecionados por funcionários quando saem da máquina de acabamento e depois são colocados em modeladores. Esses são muito parecidos com os moldes de gesso, porém, feitos com um material mais resistente que possa aguentar as temperaturas extremas dos fornos. Os modeladores que carregam os pratos são empilhados em prateleiras de metal para que passem pelo forno. Eles desempenham um papel importante. pois os pratos estão ainda muito maleáveis (podem se dobrar) e, desta forma, asseguraram que os pratos mantenham a sua forma no forno.
Existem máquinas diferentes para moldar xícaras, canecas e pequenas tigelas. As xícaras passam por uma máquina torneadora similar à máquina de pratos e como mencionado anteriormente, a argamassa usada têm 15% de umidade. Assim que a forma básica da xícara é feita na máquina torneadora, ela é passada através de uma máquina perfiladora. Finalmente uma lâmina de carbureto dá forma ao pé e à lateral de cada xícara.
Os cabos são colocados manualmente em xícaras e estas são enviadas para a área de acabamento. Usando pequenas facas de acabamento, água e esponjas, funcionários alisam a borda e o pé de cada xícara e se certificam de que cada cabo está bem colocado. As xícaras acabadas são colocadas em pequenos modeladores, chamados de chums, e empilhadas em prateleiras que irão ao forno.

Na área de moldagem, dezoito discos de madeira rotativos ficam em cima de uma grande mesa redonda e,em cima de cada um destes discos existe um molde. Cada molde é composto por partes unidas por tiras vermelhas. Três mangueiras ficam penduradas: uma para o ar, uma para argila branca e outra para argila cor marfim. Estas mangueiras são usadas para preencher cada molde com argila líquida ou barbotina.
Como o molde é composto por vários pedaços, existem marcas na cerâmica crua que mostram o encaixe dos moldes. Os funcionários usam esponjas molhadas e facas de acabamento para alisar a superfície e remover as marcas de encaixe deixadas na peça.
Peças de argila crua que não foram queimadas no forno são chamadas de cerâmica crua. (não confunda com peças de argila de cor verde que indicam um produto acabado da cor marfim). As peças que passaram pelo forno são chamadas de cerâmica branca. Assim que a cerâmica crua estiver completa, ela está pronta para ser queimada no forno.
Factos interessantes:

· Uma prato de cerâmica crua de 30,5 cm encolherá para 25,4 cm depois de ter sido queimado no forno.

· Hoje, jáse produz um tipo de porcelana que pode ser usada nos fornos de microondas.

· Da matéria-prima ao prato acabado são necessários de 3 a 4 dias para fabricar uma peça de porcelana de ossos da Lenox.

Logo que as peças de cerâmica crua (da modelagem da argamassa ou do molde da barbotina) são finalizadas, elas são empilhadas nas prateleiras de metal e enviadas para as linhas transportadoras (áreas de espera). Eventualmente, serão movidas pela correia transportadora através de um forno a gás. Esse forno a gás tem 41 m de comprimento e funciona em ciclos de nove horas. Isto significa que cada peça de cerâmica crua é queimada exatamente por 9 horas. A temperatura dentro deste forno é de 1.254º C.

Depois que a cerâmica branca é retirada do forno, cada peça leva um banho. Pedras macias e água são usadas para polir cada peça de porcelana. A vibração das pedras alisa o lado externo. Peças recém saídas do forno têm uma textura parecida com uma lixa fina. Este processo é chamado de acabamento vibratório.

Depois do acabamento, a cerâmica branca é colocada em uma lavadora e secadora de louça industrial gigante. Na saída da máquina, cada peça de porcelana é detalhadamente inspecionada a procura de falhas ou danos. As peças que passaram na inspeção seguem para o processo de vitrificação.
A maioria das pessoas só usa peças de boa porcelana em ocasiões especiais, porque consideram essas peças muito frágeis. Mas isto não é verdade: a porcelana é muito mais resistente do que se pensa.
O que faz a porcelana ser tão resistente? Já mencionamos um destes aspectos: as cinzas de ossos. Outro fator é a vitrificação. Pense nisto como vidro líquido que uma vez aquecido, forma uma incrível e forte camada protetora. O processo de vitrificação na Lenox é muito interessante.
Cada peça de porcelana deve ser pré-aquecida para que a camada de vidro grude na superfície. A camada de vidro é bombeada de enormes tanques pendurados na área de vitrificação.
Pré-aquecimento
Tendo aparência similar a um lava-rápido automático, a cabine de vitrificação contém cerca de doze pistolas de pulverização. Para os pratos que estão sendo vitrificados, oito destas pistolas estão em uso para que cada parte da peça seja coberta. Os pratos que estão em cima das prateleiras de metal são empurrados através de um fluxo contínuo de vitrificação. Uma parede de água corrente (parecida com uma série de cachoeiras) fica de frente para as pistolas de pulverização.

A série de cachoeiras tem um propósito econômico interessante. A água pega a névoa de vidro líquido que não adere à argila. O interessante é que a camada de vidro que está sendo pulverizada é mais pesada do que a água. Após a água da cabine de vitrificação ser deixada em repouso por um tempo, a camada de vitrificação que foi pulverizada e escorreu com a água pode ser recolhida e reutilizada.
Antes de ser colocada no forno de esmaltação que tem 56 m de comprimento, o pé (base) de cada peça de porcelana deve ser limpo com uma esponja úmida para que não grude no forno.
O forno funciona por oito horas e meia a 1.104º C. Diferentemente do primeiro forno (a gás), este forno usa gás e eletricidade.
Para a maioria dos fornos, existe um estágio de aquecimento, uma zona quente ou estágio de impregnação e um estágio de resfriamento. No forno de esmaltação, os estágios funcionam desta maneira:
· três horas para o aquecimento
· duas horas e meia para a impregnação
· três horas para o resfriamento
Durante a impregnação, existe muita turbulência no forno a gás. Como um acabamento por igual é necessário na vitrificação, o estágio da impregnação do forno de esmaltação é movido à eletricidade.

Depois do forno de esmaltação, a cerâmica branca é inspecionada de novo. Qualquer beirada desigual ou pontas que existirem no pé da cerâmica branca são desgastadas na roda de diamante.
Peças sendo desgastadas
A cerâmica branca está pronta para os decalques e a decoração.

13 junho, 2008

TopaTudo

TopaTudo

Sim senhor! Gostei! Um potpourri de informações. E com tanta coisa interessante de se ler e ver ninguem publica uma mensagem...
Parabens para quem tem a paciência de compilar todos estes assuntos

08 junho, 2008

Ecologia

Esta instalação de nome ECOLOGIA é constituída por várias peças de porcelana. Previamente esculpida foi posteriormente pintada. (Esta instalación de nombre “Ecología” é constituida por varias piezas de porcelana. )

Criei-a especialmente para participar numa Convenção Internacional de Pintura em Porcelana em Campos do Jordão no Brasil, em 2006. (Fue creada especialmente para participar en una convención internacional de pintura en porcelana en Campos de Jordão, Brasil – 2006.)

Através destas fotografias, não podemos visualizar os 360º desta obra, nem todos os elementos nela representados. (A través de las fotos, no podemos visionar los 360 ª de la obra, ni la representación de todos sus elementos.)

Fauna, flora, reino mineral, mar, céu, terra e humanidade, sustentam os braços desta balança bem sensível denominada Ecologia.
( Fauna, Flora, reino mineral, mar, cielo, tierra e humanidad, sujetan los brazos de una balanza tan sensible, denominada Ecología.)
Não sei com quantas horas de trabalho a terminei, perdi-lhe a conta, mas sei que foram muitíssimas. (No se cuantas horas de trabajo lleve haciéndola, le he perdido la cuenta, pero se que fueran muchísimas.)
Lembro-me que quando pintava a paisagem do Porto (no interior das paredes da peça), ao cabo de 5 horas de trabalho apaguei tudo e recomecei no dia seguinte.
Detalhe da parte exterior.
Representei a fauna, com uma sobreposição de chitas, pinguins e meninas de vários pontos do planeta sob um fundo de cores pastel. (He optado por representar la fauna con una sobre posición de chitas, pingüinos, y niñas de varios puntos del planeta, sobre un fondo de colores pastel.)


Pormenor da base da peça. (Detalhe de la base)
A representação do mundo dos minerais, encabeçados com elementos aztecas a simbolizar a ancestralidade dos artífices em prata. (La representación del mundo de los minerales, encabezados con elementos aztecas, quiere simbolizar la ancestralidad de los artífices en plata.)

Bem ........
e pensar que tudo começou assim !
(Pues.....
Y pensar que todo ha empezado así
)






(Um trabalho da autoria de Noémia Travassos)

03 junho, 2008

Açores - Ilhas do Paraíso

Duas semanas e meia passaram tão rápido como uma noite de sonho.
A esse sentir não são alheias, a paz e a beleza indescritível duma terra pura, sã onde o equilíbrio ecológico é a realização da utopia.
Antes de as conhecermos, podemos ver mil fotos, centenas de vídeos, nada se compara ao toque directo na pele daquelas ilhas. Ali todos os nossos sentidos se revivificam e sentimo-los em uníssono. São os olhos cheios a tentar descodificar toda a cromatografia de verdes, o olfacto a ser abraçado por simbioses de odores natura e tudo, ao som de um "mix" de jazz divinamente combinado de incontáveis pássaros cantores e vacas alpinistas.

Enquanto apreciava deleitada o paraíso, dei comigo a pensar … e afinal está aqui tão perto.
Fiz a mim mesma a promessa de lá voltar

Eis-me sobre uma terra jovem com apenas 51 anos de idade - o extinto vulcão dos capelinhos