15 dezembro, 2009

O Renovar de um Ciclo

Neste incessante ciclo da vida, comemoramos mais uma época natalícia logo seguida pelo ocaso de um ano e do alvorecer de 2010.
Renova-se a esperança, atropelada pelas crises em cadeia, reformulam-se os propósitos, abraçam-se os sonhos não concretizados, enfim … consolida-se intrinsecamente a inegável convicção de que os sonhos não têm prazo de validade.
No teatro da vida somos apenas bailarinos, despidos de embustes e a ensaiar passos de dança consoante as sonantes melodias do quotidiano.
- Conscientes de que foi uma bênção o acto de “nascer”?!
- Conscientes de que para além de nós existem biliões de seres, muitos deles a travar batalhas de sobrevivência e de que todos juntos formamos - a Humanidade ?!

Cada vivência é um quociente entre a experiência e a lição aprendida, na razão proporcional do que ambicionamos e sob a égide dos sublimes valores da condição de criaturas humanas.

Assim vamos criando as mais valias que nos tornam “mais pessoas” no dizer de Fernando Pessoa, acrescentando-nos gradativamente a sabedoria que nos distancia da perfeição divina.



Trabalho de Noémia Travassos




Sob esse silogismo pintei em 2006, o “Ciclo da Vida”, uma instalação composta por 3 peças.

Em primeiro plano, ( placa de porcelana 31 x 41 cm), um bailarino representando cada um de nós no palco da existência.
Logo acima, a roda dos quatro estágios da vida (placa de porcelana de D=30 cm):
- a Infância (a concepção e o nascimento)
- a Juventude (a consciência de si próprio e do colectivo)
- o estado Adulto ( a família e o trabalho ali representado pela roda dentada)
- a Velhice ( uma mão irradiando a luz da sabedoria e do conhecimento acumulado).

Este conjunto assenta numa base de acrílico negro (100 X 70 cm) na qual desenhei o mapa dos astros e os pontos cardeais em representação do universo do qual somos parte integrante.

Um ciclo que avança infalivelmente a cada inspiração e que eu desejo seja para todos, de muita fertilidade.

09 dezembro, 2009

Desafios 2009

Na senda dos desafios arrojados, a Mena aventurou-se pela difícil arte de pintar um espécime bebé da família crocodylidae, que depois das aves é actualmente o parente mais próximo dos dinossauros.
Tal como em um qualquer outro rosto, o objectivo foi perpetuar-lhe a expressividade daquele micro segundo.
A Mena transmitiu-o com mestria porque facilmente nos apercebermos que está muito atento, talvez a tentar descortinar uma possível presa.


Trabalho de Filomena Alves


Começou por lhe dar uma base de ocre dourado na zona dos olhos e boca, preservando os dentes. Na zona lombar deu-lhe uma sombreado de azul claro e definiu com negro as escamas salientes. Antes da primeira queima, passou uma base fina de verde-esmeralda em redor do crocodilo( na área da água), preservando sempre a luz com espaços em branco.


Na segunda parte, aplicou sobre todo o animal ( com excepção dos olhos e dentes), uma camada de castanho acobreado com bastante óleo e com ajuda de uma escova de dentes molhada em álcool lançou salpicos.
A reacção química do álcool sobre o óleo, abriu pequenos círculos, craquelando toda a superfície de pequenas bolinhas simulando assim a pele do crocodilo.
De seguida e antes da queima, reforçou os negros da parte lombar e para terminar passou na zona da água uma nova camada de verde, desta vez mais escuro criando assim manchas de luz e sombra.
A última fase e para a ultima queima foi apenas para reforçar pequenos detalhes do corpo, olhos e efeitos da água.
As felicitações foram muitas porque esteve em exibição na Exposição da UPAP do passado mês de Novembro e foi um dos trabalhos muito apreciados.

Desafios arrojados? Qual quê ... !

Para a Mena são degraus da escada do sucesso a que eu venho assistindo com muito orgulho!


Força Mena ! Os desafios para 2010 já estão lançados e não podem mais ser adiados!

01 dezembro, 2009

Bonecas de Porcelana

De visita ao Museu do Brinquedo em Sintra, não pude deixar de reparar nestas "meninas".... Certamente um defeito de profissão!
A verdade é que elas fizeram as delícias de crianças e adultos doutras eras.

Eis um pouco da sua da história das bonecas:

" Embora não sejam conhecidas bonecas datadas da Pré-História, provavelmente porque seriam feitas em madeira ou em couro, materiais perecíveis, na civilização babilónia conhece-se uma boneca com braços articulados feita em alabastro e também em túmulos de crianças do Antigo Egipto, datáveis do período situado entre 3000 e 2000 a.C., onde foram encontradas bonecas de madeira com uma forma que se assemelha a uma espátula, possuindo uma cabeleira farta, sendo os cabelos feitos de fios de cabelo, provavelmente banhados na argila. Na Grécia Antiga, fazia parte dos rituais que antecediam o casamento a entrega por parte da noiva à deusa Ártemis das suas bonecas e de outros brinquedos, simbolizando o fim da infância. Prática semelhante existia em Roma.
A criação de bonecas com objectivos comerciais estruturou-se na Alemanha do século XV, nas localidades de Nuremberga, Augsburgo
e Sonneberg, onde nasceram os Dochenmacher (fabricadores de bonecas).
No século XVII, apareceram na Holanda bonecas com olhos de vidro e bonecas com perucas feitas de cabelo humano.

Entre os materiais utilizados na fabricação das antigas bonecas destacavam-se a madeira e os tecidos. Geralmente a cabeça era feita de cera, em moldes feitos de esculturas. O material mais apreciado pelos colecionadores era, no entanto, a cerâmica, que tornava possível a confecção de cabeças de porcelana, biscuit e um tipo de porcelana branca com aparência semelhante ao mármore.

No Japão, as bonecas são chamadas de Ningyoo, não sendo apenas brinquedos infantis; elas são um símbolo da história dos costumes do país . In Wikipédia"
Uma saudação muito especial para a nossa Amiga Mirta da Argentina. Hola Hola!
Esperamos que dentro em breve nos mostre um pouco mais das suas maravilhosas bonecas de porcelana.