Foi na China, durante a dinastia Han entre o ano 206 a.C. e 220 d.C., que a pasta da porcelana teve a sua origem. Composta por uma mistura de caulino (40%), feldspato (25 %), quartzo (25%) e argila (10%), caracterizava-se pela sua brancura, transparência e dureza.
Etimologicamente, a palavra porcelana deriva de "porcillus" nome de um crustáceo do Mediterrâneo cujo brilho e transparência os europeus dos séculos XVI e XVII associaram às peças de porcelana trazidas para o continente europeu através da Companhia das Índias, Portuguesas, Holandesas e Inglesas.
Foi pela mão de Marco Pólo, perto do final do século XIII e numa das suas expedições que pela primeira vez trouxe para a Europa algumas peças do “ouro branco”, como era então designada a porcelana, tornando-se rapidamente num artigo de luxo imprescindível para abrilhantar as mesas mais requintadas da soberania.
Aproveitando o bom tempo deste Verão, fizemos um seminário básico de modelação da pasta com vista a criar jóias de adorno, pelo processo a seguir documentado :
1. Amassar a pasta até se tornar bem elástica e maleável.
2. Estender com o rolo de madeira, tendo o cuidado de a deixar com a mesma espessura em toda a sua extensão e sem bolhas de ar.
3. Segue-se o corte das peças/modelos.
4. Colocam-se as nini-porcelanas em cima de uma placa de gesso, a qual irá absorver a humidade contida nas peças e deixamo-las secar por cerca de meia hora. Em seguida com uma pequena esponja húmida e peça por peça, vamos alisar as arestas e todas as imperfeições resultantes do corte. 
5. Depois de bem secas (48 horas) sofrem a primeira queima, denominada biscoito, a uma temperatura de 900º C, cujo objectivo é dar às peças resistência e porosidade necessária para a perfeita absorção do vidrado. Nesta etapa as peças têm um tom branco baço similar ao gesso.
6. Através de um processo manual de imersão e/ou vaporização (usando um compressor), o vidrado adere à superfície da peça, formando uma película de cobertura.
7. Após a aplicação do vidrado ocorre uma segunda queima, controlada (por step's) e realizada a uma temperatura que varia entre os 1280º C e 1400º C (dependendo da especificação da pasta de porcelana).
8. Nesta fase a pasta torna-se completamente compacta, sem qualquer porosidade e perfeitamente vitrificada, adquirindo uma cor branca translúcida. Em todo este processo, reduz cerca de 30 % da peça inicial.
9. Chegamos assim à última etapa, a da decoração. As opções são infindáveis, na razão proporcional da criatividade do artista.
10. Nestas jóias, usei apenas ouro e prata, mas poderia ter usado lustres ou ainda as tintas de porcelana. Finalizei a decoração com uma aplicação de pérolas coladas.
E "voilá " ...... Peças únicas, lindas e personalizadas.
Estão abertas inscrições, para seminários (no atelier da Maia ou noutro a combinar) . Todos os interessados poderão contactar-me através do e-mail: noemia.travassos@gmail.com e obter todas as informações adicionais.