Miríades de possibilidades voam pela nossa mente, em debate continuado, comparando, avaliando, adicionando ou excluindo elementos à equação até concluirmos a concepção estética final.
Somos os que pintamos ou pintamos o que somos?
Um psicólogo dir-nos-ia que estas duas interrogações estão correlacionadas, não fosse a arte que expressamos senão reflexos registados das nossas vivências físicas e emocionais.
Talvez por isso e porque há pedaços de vida que sempre queremos preservar na memória das nossas existências (e aqui o plural é propositado), a Fernanda Amândio optou por um tema que lhe é querido, a sua cadela Chow-chow de nome “ Kika” a qual cuidou e ajudou a crescer e com quem toda a família, desde então partilhou momentos de verdadeira amizade.
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Trabalho de Fernanda Amândio |
Como nota informativa, esta raça é originária da Mongólia, tendo sido levada pelos chineses aquando da Invasão da Mongólia. Na China, chamam-lhe Songshi Quan, o que traduzido à letra significa "cão leão-empolado”.
Para elaborar este trabalho, usou uma base de candeeiro em porcelana, com frente em meia-lua, onde pintou a macro da cabeça e na traseira recta, uma imagem de corpo inteiro, perfeitamente enquadrada pela sua residência em segundo plano.
Sem dúvida uma forma muito bonita de personalizar um trabalho e de em simultâneo, o transformar em património artístico da família.